OBESIDADE
Siglas:
OMS: Organização Mundial de Saúde
DGS: Direcção Geral de Saúde
A obesidade é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma acumulação anormal ou excessiva de gordura corporal que pode atingir graus capazes de afetar a saúde (OMS, 2000).
A prevalência da obesidade a nível mundial tem aumentado dramaticamente nas últimas décadas, sendo tão elevada que a OMS considera esta doença a epidemia global do século XXI (OMS, 2000).
Atualmente, a obesidade em Portugal apresenta-se como o maior problema de saúde pública que afeta mais de 1 milhão de adultos, ou seja, 16,4% da população com idade superior a 18 anos (OMS, 2017).
Cerca de 52% da população tem pré-obesidade ou obesidade sendo esta um fator determinante para o aparecimento de doenças crónicas como: a diabetes e doenças cardiovasculares. As principais causas ligadas à obesidade centram-se no sedentarismo e na alteração de hábitos alimentares (aumento do consumo de cereais refinados, açúcares e gorduras saturadas)
O documento Adolescent obesity and related behaviours: trends and inequalities in the WHO European Region, 2002-2014, que compara 27 países e regiões, aponta para que a prevalência da obesidade em Portugal, nos adolescentes aos 11, aos 13 e aos 15 anos, seja de 5%. Note-se que este número representa uma subida de 0,3 pontos percentuais desde 2002 (OMS, 2017).
Segundo os dados comparados da OMS, Portugal surge mesmo como um dos cinco entre 27 países com maior percentagem de adolescentes obesos (OMS, 2017)
Quanto à alimentação, os adolescentes portugueses estão a consumir menos doces e menos bebidas açucaradas artificiais, mas estão, também, a consumir menos vegetais e menos fruta (OMS, 2017).
No que respeita à atividade física, os adolescentes portugueses continuam a mostrar níveis preocupantes, segundo o estudo, sendo particularmente inquietante a situação das adolescentes portuguesas, estando entre as menos activas da Europa (OMS, 2017)
É através do índice de massa corporal (IMC) que se pode classificar os graus de obesidade, calcula-se dividindo o peso (em Kg) pela altura elevada ao quadrado (em metros). Segundo a OMS, o excesso de peso corresponde a um IMC entre 25 e 30 e a obesidade surge quando o IMC é igual ou superior a 30 (DGS, 2005).
A prevenção e o controlo da pré-obesidade e da obesidade obtêm-se através da mudança de estilo de vida, com base em três pilares: programa alimentar com um regime dietético equilibrado e nutritivo; incremento da atividade física e desportiva: praticar, pelo menos, 30 minutos de atividade física moderada de preferência diariamente e um programa educativo, escolar e institucional, multissetorial com o desenvolvimento de estratégias para o ensino de atitudes positivas relacionadas com os hábitos saudáveis, alimentares, saúde física, bem estar social, quanto à qualidade e quantidade, envolvendo toda a família (DGS, 2007).
Os benefícios conseguidos através da perda intencional de peso, mantida a longo prazo por um obeso, podem manifestar-se na saúde em geral, na melhoria da qualidade de vida, na redução da mortalidade e na melhoria das doenças crónicas associada (DGS, 2005).
Referências bibliográficas
Direcção Geral de Saúde (2005). Programa nacional de combate à obesidade.
Direcção Geral de Saúde (2007). Princípios – chave de prevenção e controle da obesidade
Organização Mundial de Saúde (2000) .The World Health Report. Obesity - preventing and managing the Global EpidemicII Series.2000.Geneve
Organização Mundial de Saúde(2017). Adolescent obesity and related behaviours: trends and inequalities in the WHO European Region, 2002-2014