Dia Mundial da Luta Contra o Cancro
- Enf. Ana e Raquel
- 4 de fev. de 2018
- 3 min de leitura
Hoje celebra-se o Dia Mundial de Luta Contra o Cancro que tem como objetivo desmistificar algumas das ideias pré-concebidas sobre esta doença e informar sobre os fatos reais.
A celebração deste dia baseia-se na Carta de Paris, aprovada a 4 de Fevereiro de 2000, na Cimeira Mundial Contra o Cancro para o Novo Milénio e apela à aliança entre investigadores, profissionais de saúde, doentes, governos e parceiros da indústria no âmbito da prevenção e do tratamento do cancro.
No crescimento normal dos tecidos, as células crescem e dividem-se para formar novas células e assim formarem tecidos e posteriormente órgãos. No seu ciclo de vida, as células envelhecem, morrem e são substituídas por novas células. Quando esta proliferação de células ocorre de forma anormal designa-se de cancro. Formam-se células novas, sem que o organismo necessite e, ao mesmo tempo, as células velhas não morrem. Este conjunto de células extra forma um tumor. (https://www.ligacontracancro.pt/)
Os tumores podem ser benignos ou malignos e nem todos os correspondem a cancro.
Os tumores benignos não são designados de cancro pois:
· Raramente põem a vida em risco;
· Normalmente podem ser removidos e, muitas vezes, regridem;
· As células dos tumores benignos não se disseminam para os tecidos em redor ou para outras partes do corpo (metastização à distância).
Os tumores malignos são designados de cancro pois:
· Normalmente são mais graves que os tumores benignos;
· Podem colocar a vida em risco;
· Podem, muitas vezes, ser removidos, embora possam voltar a crescer;
As células dos tumores malignos podem disseminar-se e danificar os tecidos e órgãos circundantes; podem, ainda, libertar-se do tumor primitivo (primitivo) e entrar na corrente sanguínea ou no sistema linfático - este é o processo de metastização das células cancerígenas, a partir do cancro original (tumor primário), formando novos tumores noutros órgãos. (https://www.ligacontracancro.pt/)
Por dia, em Portugal, morrem cerca de 70 pessoas vítimas de cancro. Por ano, são registadas cerca de 25.000 mortes, sendo a segunda causa de morte e a que mais subiu ao longo dos anos. De entre os tipos de cancro, os que mais matam em Portugal são os do cólon, reto, ânus, laringe, brônquios, pulmão e estômago. (DGS, 2015)
Por todo o mundo o cancro é uma das principais causas de morte. Todos os anos, cerca de 8 milhões de pessoas morrem vítimas de cancro e estima-se que a doença é responsável por mais de 84 milhões de mortes entre 2005 e 2015.
O cancro contabiliza mundialmente mais mortes que VIH/SIDA, tuberculose e malária juntos.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, cerca de 40% de todos os cancros podem ser prevenidos e outros podem ser detetados numa fase precoce do seu desenvolvimento, tratados e curados.
Estima-se que o número de casos de cancro e mortes relacionadas a nível mundial venha a duplicar nos próximos 20 a 40 anos, especialmente nos países em desenvolvimento.
Deste modo é extremamente importante apostar na prevenção e na deteção precoce da doença. Segundo a DGS, são de grande utilidade os rastreios de base populacional dos cancros da mama feminina, do colo do útero e do cólon e reto. É também consensual a importância da existência de programas de controlo do tabagismo e da promoção de estilos de vida saudáveis (prática de exercício físico, alimentação saudável e evitar consumos nocivos), tendo a noção que estas atividades só têm efeitos a longo prazo. (DGS, 2017)
É importante que cada pessoa siga uma rotina de controlo da sua saúde de acordo com o seu estilo de vida e a sua idade por forma a detetar precocemente eventuais alterações que podem levar a esta doença.
- Miranda, N. (2017) “Programa Nacional para as doenças Oncológicas”, Direção Geral de Saúde, Lisboa.
- Liga Portuguesa Contra o Cancro https://www.ligacontracancro.pt/.
