- Enf. Ana Peixeira e Raquel Costa
O Dia Nacional da Pessoa com Esclerose Múltipla celebrou-se no dia 4 de dezembro e cujo o mote se baseia no respeito e inclusão das pessoas com esta doença. Neste dia, o objetivo prende-se com a consciencialização da população para a doença, desde os seus sintomas à sua gravidade e ao seu tratamento. Mas também se pretende alertar a população sobre as necessidades das pessoas com esclerose múltipla e das suas vivências.
egundo dados da Organização Mundial da Saúde, calcula-se que em todo o mundo existam cerca de 2.500.000 pessoas com esclerose múltipla. Em Portugal a estimativa desta doença é de 5.000 doentes.
A esclerose múltipla caracteriza-se por ser uma doença crónica, inflamatória e degenerativa.
Afeta o sistema nervoso central, mais frequentemente de mulheres entre os 20 e os 40 anos de idade e está associada a vários fatores, nomeadamente, a hereditariedade, o ambiente e o sistema imunológico. (ANEM,2014)
Pode manifestar-se pelos seguintes sintomas:
Alterações da sensibilidade;
Fadiga;
Dor;
Alterações urinárias e intestinais;
Alterações cognitivas;
Alteração de humor e depressão;
Perda da força muscular nos braços e nas pernas;
Neurite ótica. (ANEM,2014)
Esta doença não tem cura, cujo tratamento é realizado para controlar os sintomas, seja por intermedio de fármacos mas também na adoção de estilos de vida saudáveis. (ANEM,2014)
A adoção de um estilo de vida saudável adaptado a doença pode melhorar a qualidade de vida e o bem-estar da pessoa portadora de esclerose múltipla. Neste sentido a pessoa deve:
Seguir uma alimentação saudável e equilibrada;
Praticar exercício físico de acordo com as suas capacidades, preferencialmente desporto de baixa intensidade de forma regular e por curtos períodos de tempo. Praticar desporto permite melhorar a condição física do doente, aumentar a sua força muscular, melhorar a espasticidade, os problemas de equilíbrio, a função vesical e intestinal, a depressão e a fadiga. O exercício físico desempenha um papel central no cuidado de uma pessoa com esclerose múltipla;
Estabelecer um horário de tarefas a realizar com intervalos de descanso entre elas para evitar períodos de excesso de atividade;
Falar abertamente com o médico sobre uma vida sexual saudável questionando todas as dúvidas por forma a encontrar soluções compatíveis com a doença;
Planear uma gravidez para uma fase de estabilidade da doença. Na altura do parto, ser portadora desta doença não tem um efeito secundário adicional exceto uma maior espasticidade dos músculos e maior fadiga. Já na fase de amamentação a mulher deve gerir a melhor forma de amamentar o seu bebé;
Planear o período de férias de forma consciente pois uma viagem deve ter períodos de descanso, e nunca esquecendo a medicação;
Manter a vida profissional, contudo poderá sofrer algumas alterações, dependendo dos sintomas apresentados pelo doente. A pessoa com esclerose múltipla poderá necessitar de mais períodos de descanso ou reduzir o horário de trabalho;
Tomar sempre a medicação de acordo com as indicações prescritas pelo neurologista, pois é importante começar uma medicamentação que modifique o curso da doença com a maior brevidade possível. (ANEM, 2014)
A esclerose múltipla é uma doença que dura uma vida pelo que deve ser vivida com a maior qualidade de vida possível.
Bibliografia:
http://www.anem.org.pt
- Enf. Ana Peixeira e Raquel Costa
Este dia comemora-se a 17 de Novembro e têm como objetivo, sensibilizar a população mundial para os fatores de risco associados ao consumo de tabaco e também de divulgar as formas mais eficazes para deixar de fumar.
Em Portugal, o consumo de tabaco é responsável por mais de 8000 mortes, das quais cerca de 4000 por doenças cardiovasculares, 2000 por cancro do pulmão e as restantes por enfisema do pulmão e cancro noutros órgãos. (Carrageta e Ferreira, 2019)
O tabaco é considerado como uma das principais causas de morte conhecidas e leva a que os fumadores tenham maior risco de enfarte agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, bronquite crónica, demência, impotência sexual, infertilidade, deterioração dentária e diversos cancros, nomeadamente cancro da boca e do pulmão. (Martins,2019)
Existem diversas medidas para que as pessoas deixem de fumar, que segundo a Organização Mundial de Saúde, passam por tratamento dos fumadores, informação e educação dos jovens sobre o tema, impostos sobre o tabaco e legislação mais restritiva. Existem vários estudos que indicam que a cessação tabágica irá trazer benefícios a longo prazo, nos próximos 20 a 30 anos.
Deixar de fumar não é tarefa fácil devido à dependência nicotínica, é necessário ter força de vontade para tal. Deve delinear-se uma estratégia e segui-la para que se consiga o objetivo de deixar de fumar. É importante definir um dia D para formalizar o ato de deixar de fumar e a partir desse dia, deve-se evitar ambientes onde se fume e retirar de perto de si todos os objetos relacionados com o hábito de fumar. Durante a fase de abstinência nicotínica, é importante ocupar a cabeça e corpo, por exemplo, através da prática de exercício físico. Se tiver alguma dificuldade durante o processo, deve procurar ajuda profissional, nomeadamente na consulta de cessação tabágica disponível no centro de saúde. (Martins,2019)
Ao deixar de fumar os benefícios começam a manifestar-se de forma rápida, nomeadamente:
· ao fim de 20 minutos, a pressão arterial e a frequência cardíaca começam a normalizar e a temperatura das mãos e pés volta ao normal;
· Às oito horas, os níveis de monóxido de carbono normalizam;
· Às 24 horas, o risco de doença cardiovascular começa a diminuir;
· Ao fim de duas a três semanas, a circulação melhora e o risco de enfarte agudo do miocárdio continua a diminuir e há ainda uma melhoria de 30% da função pulmonar;
· Ao fim de um a nove meses, a falta de ar e a tosse diminuem, bem como as alergias e as infeções respiratórias;
· Ao fim de um ano, o risco de ataque cardíaco desce para metade;
· Aos cinco anos, o risco de ataque cardíaco e de acidente vascular cerebral torna-se igual ao de uma pessoa que nunca fumou;
· Aos quinze anos, o risco de cancro do pulmão é praticamente igual ao dos não fumadores. (Carrageta e Ferreira, 2019)
Neste dia, pode iniciar este processo e deixar de fumar, inclusive pode desafiar um amigo a deixar de fumar consigo. Tudo passa pela motivação e na definição de estratégias para este processo difícil mas que pode trazer grandes ganhos para a sua saúde.
- Nutricionista Maria Lains
Hábitos alimentares saudáveis são sinónimo de várias refeições ao longo do dia, mas com as rotinas e o stress diário optamos sempre por comer o mesmo. Para alterar um pouco a sua rotina, aqui ficam algumas sugestões:
Se é daquelas pessoas que não consegue resistir a pipocas, damos-lhe aqui a solução ideal para si, pois pode fazer pipocas em qualquer lugar, desde que tenha um micro-ondas à mão. Como?
Há 2 hipóteses:
- Coloque, 1/3 de uma chávena de milho próprio para pipocas, num saco de papel, feche e coloque-o no micro-ondas cerca de 2 a 3 minutos;
- Num recipiente de vidro, próprio para micro-ondas, coloque 4 colheres de sopa de milho (também para pipocas) e 4 colheres de sopa de água;
- Tape com película aderente e faça pequenos furos com um grafo;
- Leve ao micro-ondas, em potência máxima, 3 a 4 minutos;
Depois de feitas, se gosta de pipocas doces, experimente colocar canela, se gosta delas salgadas, porque não pimenta moída?!?
O frio aperta e uma bebida quente calha sempre bem nestes dias, experimente o “golden milk”, feito com bebida vegetal (preferencialmente de arroz ou amêndoa) sem açúcares adicionados, especiarias, óleo de coco e evite colocar o mel geralmente referenciado nas receitas.
Se para si o doce e o salgado “caiem bem” e a junção de compota, nozes e queijo fresco é um petisco, substitua a compota tradicional por uma redução de frutos.
Aqueça lentamente uma porção de frutos, como por exemplo frutos silvestres e adicione folhas de hortelã e umas gostas de limão. Termine dando uma pequena graça, ou seja, complemente o seu queijo com a redução dos frutos e umas quantas nozes, tão tradicionais, portuguesas e da época!
Votos de um dia saudável, Maria Lains, Nutricionista 1737N
