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  • Enf. Ana Peixeira e Raquel Costa

A celebração do dia mundial contra as hepatites, tem como objetivo informar e sensibilizar a população em geral, incluindo os doentes e os seus familiares, sobre aspetos referentes à infeção (sublinhar a sua prevalência a nível mundial), bem como à necessidade de investir na prevenção. (SNS, 2019)

A hepatite tem uma preocupação prioritária na saúde mundial, sendo que cerca de 325 milhões de pessoas no mundo apresentam infeções crónicas por hepatite B e hepatite C. Esta doença é a segunda maior causa de morte por infeção e causa, em todo o mundo, a morte a cerca de 1,4 milhões de pessoas por ano. (WHO,2019)

A hepatite caracteriza-se por ser uma inflamação do fígado, que pode desaparecer espontaneamente ou progredir para fibrose (cicatrizes), cirrose ou cancro do fígado. Os vírus são a causa mais comum de hepatite no entanto pode, também, ser causada por substâncias tóxicas (por exemplo, álcool, certos medicamentos) e também por doenças autoimunes. (SNS, 2019)

A hepatite viral consiste num grupo de doenças infeciosas que compreende as hepatites A, B, C, D e E.

A hepatite representa um elevado risco para a saúde global, uma vez que existem cerca de 240 milhões de pessoas com infeções crónicas por hepatite B e cerca de 130-150 milhões de pessoas infetadas pelo vírus da hepatite C.

As hepatites A e E são geralmente causadas por ingestão de alimentos ou de água contaminados, enquanto as hepatites B, C e D derivam do contacto com fluidos corporais infetado, nomeadamente, através de transfusão de sangue, produtos sanguíneos contaminados e procedimentos médicos invasivos em que se utilizaram equipamentos contaminados. A transmissão da hepatite B pode ocorrer também através do contacto sexual. (SNS, 2019)

Embora muitas vezes assintomática ou acompanhada de poucos sintomas, a infeção pode manifestar-se através de icterícia (coloração amarela da pele), urina escura, cansaço intenso, náuseas, vómitos e dor abdominal. O vírus da hepatite pode causar infeções agudas e crónicas, como, por exemplo, a inflamação do fígado, que pode levar o paciente a desenvolver cirrose e cancro hepático. (SNS, 2019)

A hepatite tem uma boa hipótese de cura, se diagnosticada precocemente e tratada corretamente. A vacinação contra a hepatite B é recomendada aos jovens até os 29 anos. (SNS, 2019).


  • Enf. Ana Peixeira e Raquel Costa

A asma é uma doença inflamatória crónica das vias aéreas que se manifesta por episódios recorrentes de opressão torácica, pieira, dispneia e tosse, decorrente de uma redução ou até mesmo obstrução no fluxo de ar (Machado, 2012).

A asma é uma doença crónica com elevada prevalência, variável de acordo com os países. É uma doença que ocorre em todos os grupos etários, afetando mais de 300 milhões de pessoas no Mundo (Direção Geral de Saúde, 2018).

Habitualmente a asma surge na infância, constituindo uma das doenças crónicas mais frequentes e pode persistir ao longo dos anos, sendo menos frequente o seu início na idade adulta. Tem grande impacto na vida dos seus portadores, cuidadores e na comunidade, estimando a OMS que, em termos de anos de vida ajustados à doença (DALYs), 13,8 milhões sejam perdidos anualmente devido à asma, representando 1,8% do total global da doença, colocando-a com um impacto semelhante ao da diabetes. Os dados nacionais, no que diz respeito aos anos de vida vividos com incapacidade, decorrentes das doenças respiratórias, aos quais corresponde uma cota de 5,06%, a asma é a grande responsável por essa incapacidade (3,20%) (Direção Geral de Saúde, 2018).

A maior parte dos doentes apresenta doença ligeira a moderada que pode ser facilmente controlada, estimando-se que 5-10% tenham formas graves, implicando custos totais muito significativos, sejam eles diretos, indiretos ou intangíveis, tais como: a perda da qualidade de vida, sendo-lhes imputados mais de 50% dos custos globais (Direção Geral de Saúde, 2018).

Na Europa, cerca de 30 milhões de crianças e adultos, com idades inferiores a 45 anos, têm asma. As taxas da doença tendem a ser mais elevadas nos países nórdicos e ocidentais, onde a prevalência pode ultrapassar os 10%. Estima-se que, contrariamente à asma na infância, a asma no adulto seja mais comum no sexo feminino (Direção Geral de Saúde, 2018).

Em Portugal, e de acordo com o Programa Nacional para as Doenças Respiratórias (PNDR), a prevalência da asma na população residente é de 6,8% (Inquérito Nacional de Prevalência da Asma de 2010). A prevalência é mais elevada na população infantil e juvenil, constituindo causa frequente de internamento hospitalar. Estima-se que a prevalência média de asma atingirá mais de 11% da população no grupo etário dos 6-7 anos, 11,8% no dos 13-14 anos e 5,2% no dos 20-44 anos (Direção Geral de Saúde, 2018).

Estima-se que apenas 57% dos asmáticos tenham a sua doença controlada, ou seja, cerca de 300.000 portugueses necessitam de melhor intervenção para controlo da doença. Relativamente ao controlo da doença, (Inquérito Nacional de Controlo da Asma de 2010) 88% dos asmáticos não controlados consideram erradamente a sua doença como controlada (Direção Geral de Saúde, 2018).

A asma é uma doença crónica, mas a gestão adequada pode controlar a doença e habilitar a pessoa com asma a ter uma vida sem restrições e com uma boa qualidade (Direção Geral de Saúde, 2018).

Diagnóstico

O diagnóstico da asma é essencialmente clínico, sendo suportado pela determinação de obstrução expiratória generalizada, mas variável do fluxo aéreo, que é frequentemente reversível, espontaneamente ou através de tratamento. Suspeita-se de asma, quando a história clínica refere episódios recorrentes de dispneia, pieira, tosse ou opressão torácica. Os sintomas não são específicos de asma. É necessária a confirmação de um ou mais dos três componentes de asma: obstrução das vias aéreas, hiper-reatividade brônquica e inflamação das vias aéreas (Direção Geral de Saúde, 2012).

Tratamento

O tratamento da asma compreende, para além do tratamento farmacológico, estratégias não farmacológicas e de intervenção com o objetivo de controlar os sintomas de asma e reduzir o risco de agudizações, nomeadamente: a cessação dos hábitos tabágicos; o encorajamento da prática de atividade física; a redução de peso; a identificação e o afastamento precoce dos asmáticos de ambientes profissionais com sensibilizantes de risco. O ensino sistemático da necessidade de cumprimento da terapêutica de acordo com um plano escrito são aspetos fundamentais para o sucesso da terapêutica farmacológica e para o controlo da asma (Direção Geral de Saúde, 2012).

Asma e Atividade física

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) reforça que as pessoas com asma podem e devem praticar atividade física regularmente para melhorar a sua condição física e a sua capacidade cardiorrespiratória. Apesar de a prática de atividade física poder desencadear a chamada asma de esforço, os asmáticos que têm o controlo da doença devem praticar atividade física para melhorar a capacidade cardiorrespiratória, contribuindo para uma melhor resposta aos episódios de crise (Direção Geral de Saúde, 2012).

A atividade física melhora a tolerância ao esforço, reduz o desconforto respiratório e o broncospasmo, melhora o sono, contribui para a redução do uso de medicamentos, melhora a mecânica respiratória e previne complicações pulmonares.

Os asmáticos beneficiam principalmente de atividades aeróbias, tais como: a caminhada, a corrida ou o uso da bicicleta (Direção Geral de Saúde, 2012).

Referências bibliográficas

  • Direção-Geral da Saúde. Norma nº 012/2018, de 12/06/2018. Processo Assistencial Integrado da Asma na Criança e no Adulto

  • Direcção-Geral da Saúde (2012). Boas práticas e orientações para o controlo da asma no adulto e na criança.Programa Nacional para as doenças respiratórias.

  • Machado, Ana Cristina Cordeiro Severiano (2012). Pessoa com Asma: Intervenção de Enfermagem de Reabilitação. Curso de mestrado em enfermagem de reabilitação.


  • Enf. Ana Peixeira e Raquel Costa

Foi celebrado no passado dia 18 de Maio, o Dia Nacional de Luta Contra a Obesidade. Este dia tem como objetivo sensibilizar a população para problemática da obesidade, das doenças a esta associadas, assim como das implicações desta para a saúde. Esta comemoração pretende ainda promover a prática de exercício físico, prevenindo o aumento da obesidade, em especial a infantil e juvenil, assim como incentivar a adoção de hábitos alimentares saudáveis. (DGS, 2019)

Considerada pela Organização Mundial de Saúde como a "epidemia do século XXI", a obesidade é uma doença crónica de armazenamento excessivo de gordura corporal. Encarada como um dos maiores problemas de saúde pública mundial, a obesidade é a segunda causa de morte passível de prevenção, logo a seguir ao tabagismo. (DGS, 2019)

Em Portugal, a obesidade foi reconhecida oficialmente como doença crónica a 25 de março de 2004. Segundo dados de 2015, mais de metade da população portuguesa tem excesso de peso e desta metade 14% são casos de obesidade. (DGS, 2017)

  • 14% dos adultos tem obesidade;

  • 1,4% dos adultos tem obesidade mórbida;

  • 31% das crianças e adolescentes portugueses têm excesso de peso.

O desenvolvimento da obesidade está muito associado ao perfil genético, ao ambiente socioeconómico e cultural, a educação, a família e as características individuais e psicológicas de cada pessoa. As mudanças sócio-económicas das últimas décadas, a diminuição da atividade física e o consumo exagerado de alimentos processados e bebidas contribuíram para o aumento de obesidade. A obesidade está associada ao desenvolvimento de outras doenças como (DGS, 2017):

  • Doenças cardiovasculares (hipertensão arterial, arteriosclerose, insuficiência cardíaca congestiva, angina de peito)

  • Diabetes tipo II

  • Dislipidémias

  • Complicações no sistema respiratório (dispneia, síndrome de insuficiência respiratória do obeso, apneia de sono)

  • Doenças osteo-articulares

  • Infertilidade

  • Incontinência urinária

  • Cancro da próstata

Sendo que em Portugal, como já foi referido, mais de metade da população adulta apresenta excesso de peso, torna-se extremamente importante a necessidade de uma intervenção a dois níveis. É necessário apostar na prevenção através da promoção de hábitos alimentares e de atividade física saudáveis, por outro lado, dado o elevado número de indivíduos que já se encontram com esta doença, é importante, além das medidas tomadas, assegurar também uma terapêutica adequada para estas situações. Existe desde 2016, o Programa Nacional para a Promoção da Atividade Física (PNPAF) que visa estratégias para combate à inatividade física e consequentemente o combate à obesidade. (DGS, 2017)


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