Bons hábitos alimentares e de vida ativa devem ser criados desde tenra idade, assim sendo, será sobre as nossas crianças que deverá recair grande parte da nossa atenção, pois, pretendemos que estas sejam saudáveis, ativas e felizes.
As crianças não deveram ser submetidas a dietas rígidas, a não ser por razões de saúde, e sempre acompanhadas por um médico/ nutricionista. Pois alguns especialistas consideram que a pouca flexibilidade de dieta poderá interferir com o crescimento e desenvolvimento da criança.
No entanto, para evitar situações de excesso de peso ou obesidade, deveremos garantir uma variedade e diversidade de alimentos de todos os grupos alimentares ao longo do dia, respeitando a pirâmide alimentar. Neste sentido, será essencial reduzir as gorduras na alimentação das crianças de modo a reduzir as calorias, sem que haja privação dos nutrientes essenciais.
Evite ao máximo apresentar alimentos processados (cereais açucarados, salsichas, pizzas, hambúrgueres, etc…) pois estes incluem na sua confeção nutrientes tóxicos e/ ou químicos, que aos longos do tempo degradam o nosso organismo e o tornam mais débil.
Deverá controlar a ingestão de açúcares simples nesta nova rotina alimentar, apresentando-os de forma moderada. Prefira sempre apresentar açucares complexos como por exemplo a fruta.
Aconselhe a criança a mastigar mais e melhor os alimentos, pois este processo leva a que os neurónios responsáveis pela satisfação e saciedade possam comunicar ao cérebro essa mesma informação.
Tente realizar o máximo de refeições sentadas em família sem a presença de meios eletrónicos (telemóvel, televisão, etc…), para que esses momentos se tornem atividades divertidas e saudáveis, favorecendo a coesão com família através da partilha e do diálogo.
Estimule a criança a fazer parte das compras para casa, assim como na confeção das refeições.
As refeições fazem parte do bem-estar de qualquer indivíduo, e por isso não devem ser utilizadas nem como punição ou recompensa.
Evite comer fora e sempre que este tipo de situação ocorra, assegure-se que estas refeições fora de casa são equilibradas.
Em resumo, coma moderadamente e sem exageros, ingira bastante água ao longo do dia, realize exercício físico intenso diariamente e efetue um bom descanso (8 a 12 horas de sono), estes são os fatores base para uma vida saudável…
Considera-se obesa, uma pessoa com excesso de gordura acumulada no organismo devido ao consumo excessivo de calorias através da alimentação.
Assim sendo, sempre que se ingere mais calorias do que aquelas que gastamos/ utilizamos no nosso quotidiano, verifica-se um acumular de energia (calorias) no nosso organismo o que, consequentemente, conduzirá a um aumento de peso corporal decorrente do excesso de gordura acumulada e, em casos extremos, estaremos perante uma doença, a obesidade, que pode ser fator de risco para inúmeros outros problemas e /ou diversas patologias associadas, tais como: diabetes tipo 2, doenças cardíacas, tensão arterial alta, artroses, artrites, apneias e derrames vasculares.
Por estes mesmos motivos, é natural que o seu médico, profissional de exercício físico ou nutricionista lhe sugiram uma redução de peso (massa gorda), mesmo que, ainda assim, se esteja a sentir bem de saúde.
A nossa sugestão passa por alterar os seus hábitos de vida, alterando o modo como se alimenta e procurando um estilo de vida mais ativo, se possível, realizando diariamente atividade física orientada.
CLASSIFICAR A OBESIDADE
Existem diversas formas de classificar a Obesidade… • HOMOGÉNEA - quando a gordura está distribuída de forma homogénea ao longo de todo o corpo (braços, pernas e região abdominal). • ANDRÓIDE - forma de maçã, por norma mais caraterística no sexo masculino e nas mulheres pós-menopausa. Associada a risco cardiovascular aumento decorrente de um acumular de gordura na região abdominal e torácica (em torno dos órgãos). • GINÓIDE – forma de pêra, mais caraterística no sexo feminino, neste caso, há uma maior concentração de gordura na região inferior do corpo (nádegas, ancas, coxas). Esta encontra-se associada a uma maior prevalência de varizes, artroses e artrites.
Classificação quanto ao grau de IMC (índice de massa corporal), relação do peso com a altura. Esta classificação muito boa para avaliações de grandes populações, poderá apresentar erros quando aplicada a atletas.
CAUSAS DA OBESIDADE
Existem diversos fatores que podem conduzir à obesidade, podendo ser estes genéticos, o estilo de vida, fatores ambientais ou fatores emocionais. Podemos, ainda, atribuir uma causa médica (doença), no entanto, estes distúrbios são raros.
No geral, as principais causas que conduzem à obesidade são:
Inatividade - se é uma pessoa pouco ativa, logo não queima tantas calorias. Tendo em atenção que um estilo de vida sedentário conduz facilmente a uma ingestão elevada de calorias diárias relativamente ao que é necessário.
Hábitos alimentares desadequados – o aumento de peso (aumento de massa gorda) é natural se se ingerir regularmente mais calorias do que aquelas que se queimam. Dietas baseadas em comidas processadas, por norma, estão associadas a um alto teor calórico.
Concluindo:
A Obesidade pode surgir em qualquer idade, inclusive em crianças pequenas, mas a tendência surge à medida que envelhecemos devido às mudanças hormonais e a um estilo de vida menos ativo.
A saúde mental é definida como “um estado de bem-estar no qual o indivíduo percebe o seu próprio potencial, é capaz de lidar com o stress normal da vida, trabalhar de forma produtiva e frutífera e de dar um contributo para a sua comunidade”. (Organização Mundial de Saúde).
Nas crianças existem sinais corporais que indicam que têm algum tipo de problema do âmbito psicológico, manifestando-se predominantemente através de expressões corporais. As crianças beneficiam mais de estratégias de intervenção corporal do que por diálogo ou reflexão, é aqui que entra a Psicomotricidade.
A criança tende a exprimir o seu sofrimento da melhor forma que sabe: pelo corpo!
Várias formas de se exprimir:
Crianças irrequietas
Dores de barriga
Agem de forma inconsequente
Dores de cabeça
A psicomotricidade e o psicomotricista são elementos fundamentais
Como?
O psicomotricista vai falar pelo corpo e movimento com a criança.
A sala e o espaço serão os locais onde a criança se poderá expressar livremente, uma vez que sabe que estará lá um adulto para ler os sinais e responder de uma forma que ela compreenda.
Para isso, o psicomotricista vai utilizar várias ferramentas, tais como: o jogo simbólico, o relaxamento, as atividades expressivas.
E assim aos poucos, as palavras vão surgindo, de modo a que se promova a reflexão por parte da criança.